terça-feira, 31 de março de 2009

DAMITE UNA FOICE E UN MARTELLO

HOMENAGEM A REVOLUCAO DE 1964 QUE ACABOU COM A GRACA DESSES VERMELHOS COMEDORES DE CRIANCINHAS ,COM UM SUCESSO DO MESMO ANO!QUE DESCAM O CACETE!!!!!




NAO TEM LETRA MAIS OPORTUNA PARA O QUE FOI AQUELE MOMENTO,PRATICAMENTE UMA PREMONICAO

E por falar em “Turma da Mônica”...



Como o Aguinaldo, eu também mato a cobra e mostro o pau (embora não com tanta classe). O assunto “Turma da Mônica” entrou na pauta dos comentários do Blogão e muitos dos aguinautas se declararam fãs dos quadrinhos de Maurício de Souza. Mas duvido que algum seja tão fã quanto essa moça presumivelmente brasileira que vi ano passado, num metrô que liga a periférica Newark à Nova Iorque, nos Estados Unidos. Reparem na tatuagem originalíssima que ela tem no braço: trata-se de uma história em quadrinhos da “Turma da Mônica”. A foto está meio fora de foco, pois eu não tenho vocação para paparazzi (apesar de tê-la tirado sem autorização da moça). Quando vi a cena, achei inacreditável, não só pela tatuagem em si, como também pelo fato daquela situação estar ocorrendo fora do Brasil, num país em que os personagens brasileiros não têm nenhuma penetração, e que, no mais das vezes, costuma exportar sua cultura enlatada para o resto do mundo. Durante o trajeto, alguns americanos se amontoaram perto da moça, e ficaram se perguntando quem eram aqueles personagens e que língua falavam (inicialmente julgaram ser espanhol; só depois de algum tempo um deles, para minha surpresa, foi capaz de reconhecer que o idioma era a nossa “última flor do Lácio”). Naquele instante, a Mônica derrotava o rato Mickey com o seu coelho Sansão! Confesso que ver a nossa cultura divulgada no exterior (ainda mais nos E.U.A), mesmo que daquela forma peculiar, na pele de uma patrícia, teve um sabor todo especial. O mesmo sabor de alegria que sinto quando eu ouço falar de algum estrangeiro fã das nossas novelas! Uma brasileira levando na pele (e para sempre) uma página da cultura nacional! Bela metáfora sobre o orgulho que temos da nossa cultura, não?

segunda-feira, 30 de março de 2009

Capítulo 34

Para quem estiver interessado, só uma pequena introdução. Este foi o capítulo que mais tempo demorei a escrever até agora e tenho medo de ter errado e pesado a mão. Mais do que nunca, aceito todo o tipo de críticas, porque à medida que o livro avança, mais díficil fica a sua escrita. Neste momento já escrevi cerca de 2/3 do livro (este é o 34º capítulo de 57), que se traduzem em 155 páginas. Não vejo a hora de o terminar para o começar a rever.

Capitulo 34

Era a primeira vez que estavam a sós e os dois sentiam-se desconfortáveis e nervosos. Sentados nos sofás da sala inundada de sol, frente a frente, observavam-se enquanto buscavam um tema que rendesse umas horas de conversa. Teresa pensou que era muito mais fácil enfrentar aquele homem quando a sala estava cheia de gente, quando Miguel lhe fez a pergunta que ela sabia que ele lhe faria.
“Como era o meu pai?”
Teresa sorriu. Era uma boa pergunta para a qual não tinha resposta. Vivera vinte e cinco anos com aquele homem e não sabia como lhe responder a uma pergunta tão simples.
“Essa pergunta exige uma longa resposta.”
“Agora fiquei sem saber se isso é bom ou mau sinal.”
Ela não respondeu. Disse que ia buscar alguma coisa para eles beberem enquanto conversavam. Levantou-se e assim que virou as costas a Miguel desfez o sorriso. Ela podia dar a resposta que Luís merecia, mas sabia que essa resposta não ia agradar a Miguel. Por outro lado, o que é que ele queria ouvir? A verdade ou a mentira? Ou uma meia verdade? Entrou na cozinha, Maria Bethânia passava a ferro enquanto assistia um programa de televisão. Teresa perguntou se ela tinha algum suco feito, Maria Bethânia respondeu que fazia um num instante e que o levava até à sala.
“Eu espero.”
“Mas pode ir, que eu levo”, insistiu a empregada.
“Eu espero”, repetiu, firme, Teresa.
Enquanto Maria Bethânia descascava uma manga, Teresa aproximou-se da janela da cozinha e olhou o movimento na rua. Precisava de saber como ia falar sobre Luís e, principalmente, o que ia contar. Podia falar como os primeiros tempos foram maravilhosos e como ele se revelara um homem encantador. Fora tão envolvente que ela estivera disposta a abandonar o conforto da sua vida para viver ao lado de um homem que não tinha nada para lhe oferecer. Não se arrependia dessa decisão. Até ao dia em que ele chegou a casa diferente, apático e a olhar para Teresa de uma forma estranha. Agressiva. Teresa não tinha como saber que nesse dia Luís reencontrara Bárbara, o grande amor da sua vida, no movimento do centro da cidade. Naquela noite, Luís entrou com a respiração pesada, não olhou para Teresa e para os filhos e trancou-se no quarto, invocando uma dor de cabeça. Foi a partir dali que ele começou a mudar. A distanciar-se, a beber mais do que era normal e a evitar qualquer tipo de contacto físico com ela. Ao fim de algum tempo, Teresa teve a certeza de que ela tinha uma amante e teve que tomar uma decisão difícil. Ou confrontava-o com essa dúvida ou fechava os olhos e seguia a sua falsa felicidade, garantindo estabilidade emocional e um lar aos seus filhos. Como não era mulher de cultivar suspeitas, que normalmente se transformavam em monstros emocioanais incontroláveis, confrontou Luís, numa noite de Inverno, em que chovia torrencialmente.
Estavam os dois deitados na cama, ele lia, ela fingia que lia.
“Como é que se chama a tua amante?”, perguntou Teresa, rompendo com o silêncio chuvoso.
Luís olhou para ela, pousando o livro sobre as pernas. Percebeu, de imediato, o alcance das palavras de mulher, mas fez-se de desentendido.
“Não sei do que estás a falar.”
Teresa, que acumulava frustrações e desencantos há algum tempo, viu naquela pergunta uma cínica provocação e atirou com o livro que tinha na mão para a cara de Luís que, surpreso com a atitude da sempre tranquila Teresa, ficou imóvel. Ela voltou a repetir a pergunta e, desta vez, Luís pensou na resposta que teria que dar. Como demorou mais tempo do que deveria, a sua mudez foi a resposta que ela queria e foi o rastilho para novo acesso de raiva. Teresa levantou-se da cama e, despejando toda a tristeza, raiva e ressentimento, arremessou-lhe com tudo o que estava ao seu alcance. Quando um frasco de perfume passou a centímetros da cabeça de Luís, ele levantou-se e atacou-a, esbofeteando-a até se cansar.
Ela ficou deitada no chão do quarto, cada centímetro do seu rosto fervia. Queria chorar e gritar, mas não conseguia, chocada com o que tinha acontecido. Ele caminhou desorientado pelo quarto, acossado, mais preocupado com o facto de se ter denunciado através da ausência de uma resposta, do que pela agressão que cometera na mulher. A relação dos dois acabara de atingir um ponto de não retorno e não havia muito mais que fazer. A sua primeira reacção foi sair de casa. Abriu os armários, tirou uma mala e começou a enchê-la com a sua roupa, caoticamente. Teresa tentou levantar-se, mas o seu corpo, gelado, não lhe obedecia. Desistiu e ficou com o rosto colado ao chão, observando com os olhos rasos de água aquele homem que fazia as malas. Num fio de voz, disse:
“Sais de casa e nunca mais vês os teus filhos.”
Teresa, humilhada e ferida, decidiu que a vida do seu marido seria um inferno a partir daquele momento. Ele até podia não ser mais dela, mas se saísse de casa não ia ser de mais ninguém. Luís parou de atirar roupa para dentro da mala, olhou para o chão, encostou-se ao armário e começou a chorar. Gemia:
“O que fui fazer da minha vida?”
Ele chorou e quanto mais Teresa escutava as suas lágrimas, mais determinada se sentia em prolongar aquele momento. Sentia o sangue que saía do seu nariz e desejou que o nariz estivesse partido. Sentia dores no pescoço e visualizou os hematomas na sua cara.
“Eu sou a mãe dos teus filhos.”
Luís escondia a cara com as mãos, soluçava.
“Bates na mãe dos teus filhos e sais de casa?”
Teresa sentia o sangue que lhe escorria pela garganta e com a ponta da língua sentiu o coágulo que se começava a formar nos dentes.
“Isso não é coisa que um homem faça à sua mulher.”
Luís baixou as mãos e, transtornado e cabisbaixo, ajoelhou-se ao seu lado.
“Perdoa-me.”
“Como se chama a tua amante?”
“Eu não tenho amante nenhuma.”
“Claro que tens…”
Amedrontado, Luís tocou no ombro de Teresa que fechou os olhos, enojada com o seu toque. Mesmo sabendo que o marido tinha uma amante, ela preferia tê-lo ao seu lado e foi isso que lhe disse. Luís escutou as palavras dela sem pestanejar. Antes que repetisse que não tinha uma amante, Teresa pediu que não o fizesse. Disse que isso lhe doía mais do que as dores físicas que sentia. Pediu que ele a ajudasse a sentar, depois a deitar-se na cama. Enquanto o fazia, Luís quis explicar-lhe que aquela mulher, Bárbara, tinha sido o amor da sua vida e que se tinham separado por circunstâncias que, na altura em que aconteceram, estavam além do controlo deles, e quando se reencontraram, anos depois, ambos estavam casados. Pressentindo que Luís lhe queria falar sobre algo que não queria ouvir, Teresa exagerava os seus gemidos, pediu um copo de água para expurgar a boca de sangue, uma toalha para se limpar. Luís respondeu diligente aos pedidos de Teresa, esquecendo a intenção de contar a sua história, calando-a para sempre na sua boca.
Ele limpou-a, fez os curativos, chorou desculpas e arrependimentos. Ela, que se via de novo aos olhos do seu marido, gostava da dor que estava a sentir e bendisse cada agressão. Quando ele terminou, Teresa disse:
“Eu perdoo-te pelo o que aconteceu.”
Na manhã seguinte, antes que todos acordassem, Teresa viajou para a serra, onde os pais tinham uma casa de férias que estava fechada grande parte do ano. Ficou lá o tempo necessário para se recuperar dos traumas. Quando regressou à cidade encontrou um marido infiel, mas dedicado. Não se importava que fosse assim. O que interessava é que a instituição familiar conservava a sua apodrecida aparência feliz. Com o tempo, Teresa aprendeu a trabalhar os remorsos de Luís, que se multiplicava em demonstrações de carinho, esquecendo o sexo. Agora que ele morrera, não sabia porque durante tanto tempo mantivera activa aquela arena, hábeis as manipulações e activos os arrependimentos. Luís estava morto e Teresa esvaziava-se a cada dia que passava. Sabia que na noite da agressão o amor que existira entre ambos acabara e que se mantiveram juntos por medo das recordações.
Maria Bethânia entregou-lhe uma bandeja com copos e com o sumo de manga. Ela agradeceu e regressou à sala, com o seu melhor sorriso. Aquele português queria saber quem era o pai dele e Teresa ia dizer-lhe quem era o pai dele. Começou por lhe perguntar se ele conhecia aquela música do Tom, que se chamava “Teresa na Praia”; Miguel negou. Ela disse:
“O seu pai dizia que essa música tinha sido escrita para mim e que a tal de Teresa era eu.”
Miguel sorriu, sentando-se na ponta do sofá.
“Claro que isso era impossível…”
Servindo-lhe um copo de suco, disse que Luís fora melhor marido do que ela merecia. Contou que era um pai dedicado, apesar de ter uma relação conflituosa com João. Miguel quis saber mais sobre essa relação e Teresa, encolhendo os ombros e com um movimento de mão respondeu que sempre que Luís olhava para João lembrava-se do filho que tinha em Portugal e sentia-se culpado. E como queria afastar essa culpa, repudiava mais o filho, sentindo-se ainda mais culpado.
“Acabava por ser um ciclo vicioso.”
Para equilibrar o comentário que tinha acabado de fazer, Teresa desfiou incontáveis qualidades. Insistiu que Luís era companheiro, amigo, fiel, amoroso, preocupado, batalhador, optimista e por aí fora. Miguel sentia que Teresa não estava a ser verdadeira e observava que a construção que ela estava a fazer do pai não correspondia à realidade. Era, com certeza, o Luís que ela queria que ele tivesse sido. Ao segundo copo de suco, ele já não a estava a escutar, via apenas os movimentos dos seus lábios sem os associar às palavras que não interessava assimilar. Também Teresa não tinha a certeza absoluta do que estava a dizer, mas isso não a preocupava muito. Não podia era ficar em silêncio com aquele homem. Enquanto ela falasse evitava novas perguntas que poderiam abrir feridas que já deveriam estar cicatrizadas. Por fim, como uma torneira que se fecha, Teresa calou-se e Miguel despertou dos seus pensamentos, que naquela altura voavam sobre Lúcia. Ficaram, num silêncio desconfortável, a olhar um para o outro, para o chão, para os copos vazios. Como que para concluir o seu nervoso monólogo, Teresa disse:
“Sinto muito a falta do Luís e tenho pena que tenha acontecido o que aconteceu.”
Miguel cruzou as mãos sobre a barriga. Precisava de encontrar um pretexto para se levantar e ir embora, sem parecer indelicado.
“Pois foi…”
Teresa sorriu.
“Mais suco?”

domingo, 29 de março de 2009

Entrevista de Aguinaldo Silva, em "Portugal no Coração"

Mais um furo da ASNEWS-PT

sexta-feira, 27 de março de 2009

quinta-feira, 26 de março de 2009

domingo, 22 de março de 2009

segunda-feira, 16 de março de 2009

Neve e Koivisto


Lá ao fundo, é possível ver Grump Koivisto a insultar uma perua portuguesa e o filho dela (ainda criança), que insistia em tirar uma foto com ele, depois do espectáculo de esqui dado pelo finlandês...

Belmonte, a terra de Pedro Alvares Cabral


sexta-feira, 13 de março de 2009

Capítulo 23 do livro que estou a escrever

Resolvi postar este capítulo (o 23 de 57) do livro que escrevo. Ainda não foi revisto, por isso desculpem qualquer coisa... Se quiserem comentar, comentem...


Declinara todos os convites feitos por Alberto, Simone e Teresa para o jantar e decidira passar aquela noite só, no apartamento que iria herdar, a ouvir música, ver televisão e a vasculhar todas as gavetas existentes. Apanágio, o porteiro, indicara-lhe um supermercado nas traseiras do prédio, que ele achou facilmente. Demorou mais tempo do que o previsto ao fazer as compras que precisava, a comparar produtos, a descobrir mercadorias que em Portugal não existiam. A grande parte das coisas que comprara eram desconhecidas para si e, por via das dúvidas, trouxera um frasco de sais de fruta para o caso de haver um problema. Observava, discretamente, as pessoas que faziam compras, tentando descobrir semelhanças e diferenças. O impulso consumista, o prazer em comprar era o mesmo; no entanto os cariocas pareciam mais descontraídos, a começar pela forma como respiravam. Era engraçado observar o comportamento dessas pessoas que, apesar de distarem meio mundo das suas referências culturais, eram muito idênticos. Mas o que o perturbava mais ainda era o facto de encontrar as mesmas palavras escritas, mas com significados diferentes. Como por exemplo, quando pedira fiambre à empregada e ela não soube o que Miguel estava a pedir. Só quando apontou para o fiambre que conhecia é que descobriu que no Brasil, se chamava presunto. Ficou com medo de saber como é que o presunto se chamava ali.
Ao entrar no prédio, Apanágio chamou-o e informou-o de que enquanto estivera fora, um senhor procurara-o e deixara um envelope. Enquanto subia no elevador, curioso, Miguel abriu o envelope e viu que no seu interior estava uma folha de papel contendo dois endereços. O de Bruno, num lugar chamado Arpoador e o de Bárbara, num bairro chamado Jardim Botânico. Ele guardou a folha de papel, entrou em casa, deixou as compras na cozinha e foi ver o fim de tarde na cidade. Ficou uma imensidão de tempo a observar o trânsito nas avenidas, os aviões a levantar voo no aeroporto à sua esquerda, parecendo que iam colidir com o Pão de Açúcar e descrevendo uma curva apertada à medida que ganhavam altitude. O Rio de Janeiro foi-se iluminando e Miguel estava inebriado com a forma como estava a ser envolvido pela cidade. Tudo parecia perfeito naquele momento e ele estava satisfeito por ter feito aquela viagem, que se estava a revelar bastante surpreendente e agradável. Uma vez alguém lhe dissera que as coisas não planeadas eram mais saborosas e proveitosas do que aquelas que eram milimetricamente planeadas. Ele soltara-se numa decisão momentânea, instigado pelo espírito de aventura e, pela primeira vez desde que se viera embora do escritório onde estagiara, sentia-se pleno, tranquilo, esperançoso. Tinha medo que essa sensação terminasse assim que embarcasse no avião de regresso a Portugal, mas naquele momento ele queria preocupar-se em vivenciar aquele instante o mais intensamente possível.
Ainda debruçado na janela e observando os travestis que se começavam a fazer notar, pensou nos acontecimentos do dia. O passeio em Copacabana, a conversa com Bruno e a suspeita de que o pai era amante de Bárbara, adensado com a suspeita de que aquele apartamento onde ele estava naquele momento seria o local onde eles se encontravam. Não queria pensar muito nisso, era uma história que não lhe dizia respeito. Só lhe interessavam as histórias que o pudessem envolver a partir do momento em que aterrara, no dia anterior. Ficou impressionado com a quantidade de coisas que havia vivido em vinte e quatro horas. Essa é uma das vantagens de se estar de férias; parece que o mundo é mais excitante quando não trabalhamos. No entanto, ele sabia que isso era uma falsa ilusão. Miguel ficara muito tempo parado em casa e sabia o quanto isso lhe custara.
Depois de procurar na cozinha os utensílios que precisava para fazer uma massa com atum, sentou-se à mesa a ver uma pequena televisão que estava em cima do frigorífico e reconheceu alguns dos actores que naquela manhã estavam no Copacabana Palace. Aumentou o som e escutou a história que era narrada. A actriz que Bruno se esforçara por ignorar interpretava a personagem de uma ex-presidiária que depois de muito tempo na cadeia regressava para recuperar a fortuna que o seu irmão lhe usurpara, bem como o amor de seus filhos. Terminada a refeição e a telenovela, ele ficou um tempo, às escuras a observar pela janela da cozinha as traseiras dos outros prédios. Viu que no rés-do-chão de um deles funcionava um ginásio. Quando se cansou de vasculhar na escuridão, foi abrir gavetas. Naquela noite não encontrou nada de relevante, a não ser mais fotografias do pai. Folheou livros, leu frases soltas, ouviu música. Quando começou a ficar com sono, foi para o quarto e, escutando Tom Jobim em volume baixo e com o Pão de Açúcar iluminado à janela, adormeceu.
Acordou estremunhado com um telefone a tocar. Procurou no seu relógio as horas, mas com os olhos ensonados demorou um pouco a perceber que passavam das quatro da manhã. O telefone, na cozinha, continuava a tocar e ele levantou-se para o atender.
Apanágio, repetindo uma série de desculpas, disse que tinha um homem na portaria, que afirmava que Miguel o conhecia e se chamava João, que insistia em entrar.

sábado, 7 de março de 2009

Cena Cláudia, Francisco e Pedro

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Cena Cláudia e Francisco

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Cena Pedro e Cláudia

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quarta-feira, 4 de março de 2009

BETA BETA BETHANIA

O GRITO DE ALERTA DE NAZA




TV SUCESSO
ANO 1 N 7 9 DE JULHO DE 1973 CR$ 3,00